9º Desafio - 5ª Semana (24/02/2010): O que é um “Manatim”?!

Olá! Se respondeste a quarta hipótese (“um animal”), acertas-te!
«Quando adulto o seu peso varia de 750kg a 1588kg e os machos podem atingir comprimentos de até mais de 5m.
Possuem corpos robustos e maciços com cauda achatada, larga e disposta de forma horizontal.
A dentição desses animais é reduzida a molares, que se regeneram constantemente, em virtude de sua dieta vegetariana quando adultos.
Têm a pele rugosa, a cor varia entre o cinza e o marrom-acinzentado.
A cabeça fica muito perto do corpo, pode-se quase afirmar que ele não tem pescoço, apesar de conseguir movimentar a cabeça em todas as direcções. Ele tem olhos pequenos mas vê bem, sendo capaz até de reconhecer cores.
O nariz do manatim está bem acima do focinho, com duas grandes aberturas. Não possui orelhas, os ouvidos são apenas dois orifícios um pouco atrás dos olhos, mesmo assim pode ouvir muito bem.
A sua boca é grande com os lábios superiores amplos que se movimentam na hora de se alimentarem. No focinho, tem muitos pêlos, chamados vibrissas ou pêlos tácteis que são sensíveis ao movimento ou ao toque.
É um animal de hábitos solitários, raramente são vistos em grupo fora da época de अकासलामेंतो.


Habitat

Vivem em águas costeiras pouco profundas das zonas tropicais e subtropicais, nomeadamente na Costa Atlântica Americana desde Geórgia até Alagoas, no oeste de África e nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco no Brasil.

Alimentação

São herbívoros e comem até encher completamente o estômago.
Alimentam-se de algas, aguapés, mangue, capins aquáticos entre outras plantas. Controlam assim o crescimento das plantas aquáticas e fertilizam com as suas fezes as águas que frequentam, contribuindo para a produtividade pesqueira. Podem comer 16kg de plantas por dia e conseguem armazenar até 50litros de gordura como fonte energética para a época da seca, quando as gramíneas de que se alimenta diminuem de disponibilidade. As nadadeiras, que ainda apresentam resquícios de unhas, ajudam o animal a escavar e arrancar a vegetação aquática enraizada no fundo. Esta alimentação contém sílica, elemento que desgasta os dentes com rapidez, mas também a isso os manatis estão adaptados: os molares deslocam-se para a frente cerca de 1mm por mês e desprendem-se quando estão completamente desgastados, sendo substituídos por dentes novos situados na parte posterior da mandíbula.

Reprodução

A fêmea tem geralmente um filhote a cada três anos, sendo um ano de gestação e dois anos de amamentação. Nasce apenas um filhote por vez, vivem cerca de 50 anos.

Predadores Naturais

O seu principal inimigo é o tubarão, no entanto também os jacarés e crocodilos são os seus predadores naturais. Na Amazónia ocasionalmente, são caçados por jaguares.

Os humanos

A expansão humana é a responsável pela redução do seu número, diminuindo o seu habitat natural junto das áreas costeiras pantanosas. Presentemente e em algumas zonas mais industrializadas, os manatins reúnem-se junto das centrais termoeléctricas, pois as descargas das águas quentes responsáveis pelo arrefecimento das máquinas, aquecem a água circundante. Eles deixaram de migrar para águas mais quentes, pois junto das centrais termoeléctricas têm água quente durante todo o ano, mantendo uma dependência desta fonte de calor não natural. Recentemente, este tipo de centrais tem vindo a encerrar. A U.S. Fish and Wildlife Service está a tentar procurar uma solução para esta situação, pois tem presente a dependência dos manatins destas estruturas, procurando encontrar uma forma de manter as águas da área aquecidas.

Encontram-se ameaçados de extinção

Devido à caça indiscriminada, pela crença popular de que possui 7 carnes diferentes, para obtenção de óleo, couro e até mesmo carne, foi quase exterminado antes que sua caça fosse proibida. A carne do manatim da Amazónia é muito apreciada pelos nativos, e a matança tem valor principalmente cultural. Em algumas cidades do interior do Amazonas, o manatim ainda é uma carne altamente apreciada e abatida, apesar da proibição do IBAMA. Também é caçado pelo Homem, para fazerem colares dos seus dentes e ossos, para extraírem azeite e comerem a carne (que no gosto se assemelha mais à do porco que à de vaca).
Devido às redes de pesca, por serem mansos aproximam-se dos barcos e ficam enredados nelas e morrem afogados, alguns são feridos pelas hélices dos barcos e ingerem frequentemente material de pesca durante a alimentação. A ingestão de materiais como os fios de pesca, se obstruírem o aparelho digestivo, podem provocar lentamente a sua morte.
Devido às feridas que lhes causam as hélices das lanchas e embarcações, o manatim é um animal lento, que gosta das águas pouco profundas e de se manter perto da superfície (para se alimentar e respirar), coisas que o transformam em vítimas frequentes dos barcos que navegam rapidamente e sem o cuidado adequado.
A contaminação das águas costeiras é outro dos factores que levam ao extermínio destes animais.
A caça e os métodos de captura
A sua caça está proibida oficialmente desde 1971 mas, o seu número diminui assustadoramente a cada ano.
O método de caça é muito cruel: o manatim respira ar como outros mamíferos, por isso, periodicamente, ele vem até à superfície da água para respirar. É nesta altura que ele é caçado: os caboclos usam rolhas para entupir o nariz dos animais e sufocá-los até a morte. Com a rolha no nariz, o animal assustado mergulha para fugir e morre afogado; se fica na superfície, é morto à paulada. Sabe-se que 600 animais são mortos por ano.

As Sereias e os Manatins

Os manatins são os seres aquáticos que de algum modo podem ser responsabilizados pelas seculares lendas sobre a sereia, a encantadora mulher-peixe dos mitos de tantos povos. Isso por causa da vaga semelhança entre seu corpo e o corpo feminino, na área do tórax: como as mulheres, os manatis têm duas mamas peitorais. Esse é o motivo pelo qual esses seres receberam o nome de Sirenia, que vem de sereia. As lendas são relatadas por navegantes que se depararam com o dugongo (Dugong dugon).

Preservação

Para a preservação destas espécie desde 1985 que existe o Centro Peixe-Boi Marinho. Em 1990, o IBAMA criou o Centro Nacional de Conservação de Sirênios – Peixe-Boi, que estendeu os seus estudos e acções de preservação também ao Peixe-Boi da Amazónia.

O Projecto Peixe-boi

Com a possibilidade de extinção destas espécies o governo brasileiro proibiu sua caça e criou em 1980 o Projecto Peixe-Boi desenvolvido pelo CMA (Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos) com sede na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. O projecto dedica-se à pesquisa, resgate, recuperação e devolução à natureza do peixe-boi, bem como à informação e parceria com comunidades ribeirinhas e costeiras. O projecto está aberto a visitação, onde podem ser vistos inúmeros peixes-boi, inclusive a Chica um peixe-boi fêmea que viveu durante anos num aquário público em uma praça do Recife e o Poque um raro caso de híbrido entre o peixe-boi marinho e o amazónico.

Curiosidades acerca do Manatim

São mamíferos pertencentes ao grupo dos sirénios.
Existem duas espécies: os Dugongos e o Manatim.
É o animal com maior influência na inspiração do mito das sereias.
Tem uma forma humanóide, e mamas em posição peitoral.
Possuem uma excelente adaptação ao ambiente aquático.
O corpo é torpediforma.
Tem as extremidades anteriores transformadas em barbatanas, e o apêndice caudal com a forma de barbatana horizontal.
Os olhos são protegidos por uma secreção oleosa proveniente das glândulas periorbitais que lhes dá protecção à água salgada.
Está adaptado à vida em águas pouco profundas.
O seu esqueleto é denso e muito pesado, facilitando a deslocação em águas de baixa profundidade.
Os orifícios nasais situam-se numa posição muito horizontal, o que permite ao Dugongo respirar quase sem assomar a cabeça.
A sua alimentação é constituída fundamentalmente por algas verdes, algumas plantas terrestres que crescem perto das águas salobras e ramos de árvores estendidas junto à superfície.
Este animal é susceptível de domesticação, chegando mesmo a reconhecer a voz do dono, a obedecer-lhe e a vir dos lagos ou do mar, a horas determinadas, em procura do alimento que este lhe dá». - Texto retirado na integra de “Animais em Perigo”.
Fontes: http://manatim।blogspot।com/ - 10/03/2010
Prof. Narciso Serra


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